Aline De Martin


Perfil Jornalístico
março 27, 2008, 11:27 pm
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De Mecânico a Diretor Executivo

Jovem do sul brasileiro, paranaense nato. De família humilde e cristã. Filho de mecânico industrial e lavradora. Irmã de uma assessora de imprensa. Apenas 24 anos de idade e uma trajetória de vida digna de respeito e orgulho. Um rapaz alto e magro que carrega no rosto um sorriso sereno e sincero. Da pele clara como neve e dos cabelos loiros e lisos como a seda.

Aquele que anseia sempre por descorbertas. Não tem medo das mudanças. Ama o novo. Vive como cigano. Nasceu no Paraná, mas é filho do mundo. A cidade planejada por Oscar Niemeyer é sua segunda casa. Dono de uma retórica de dar inveja. Fascinado por livros, motocicletas, pescarias e pára-quedas. Degustador de um bom chá. Admirador do pôr-do-sol. Por onde passa constrói fortes amizades. Uma maturidade de quem já viveu uma vida inteira e no coração a bondade de uma criança. Amante do fundo do mar e do velho chimarrão. Louco pelo forró e uma boa cerveja. Defensor da natureza e dos cidadãos. Vira a cara para a mentira e para falsidade. É praticante do bem, das boas ações, do voluntariado juvenil. Um jovem sonhador. Um homem vencedor.

Foi vendedor de maçã com apenas oito anos. Trabalhou como servente de mecânico, eletricista, pedreiro e serralheiro. Já foi cobrador em lojas de confecções, operador de máquinas agrícolas e reflorestamento, trabalhou com serviços gerais: safras de fejão, batata, milho e cebola. Entrou para o seminário com 15 anos. A sensação de não realização pessoal, profissional e espiritual fez com que largasse o seminário e com 18 anos fosse trabalhar como mecânico na simples oficina do tio. Tanto quando informou que decidiu entrar para o seminário quando também avisou que iria sair teve total apoio da família; em momento algum houve qualquer deslumbramento ou muito menos surpresa pelo fato. Da atividade puramente técnica na oficina tornou-se um homem objetivo e direto. Do macacão sujo e rasgado, das botinas “grossas” e da pesada caixa de ferramentas ao palito alinhado, as belas gravatas, aos sapatos finos e ao moderno  notebook. Do pequeno menino vendedor de maçã a diretor executivo do Instituto Internacional de Desenvolvimento da Cidadania(IIDAC).

Esse jovem com notória trajetória de vida é Cláudio Stacheira. Stacheira na maior parte do tempo no IIDAC é responsável por gerenciar projetos. Com esse trabalho desenvolve várias ações desde reuniões com fornecedores e parceiros em gerais, à reunião nas comunidades com pessoas, treinar equipes de trabalho, fazer palestras, escrever projetos, fazer cálculos dentre outras funções. Stacheira é responsável por coordenar as três vertentes do ODM: ODM Escolas, ODM Comunidades e ODM Universidades. O Projeto ODM Universidades é o de maior representatividade e tem como objetivo incentivar voluntários a criarem e desenvolverem projetos de cunho social junto às comunidades. A idéia é fazer com que os universitários, através de projetos, passem o que aprenderam nas salas de aula para aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades que eles para que tal comunidade possa vir a passar o que aprenderam a outras comunidades e assim por diante criando dessa forma uma sociedade sustentável. Stacheira é ainda professor universitário. Além do amor, da dedicação e do fascínio pelo trabalho que desenvolve esse jovem paranaense sonha em casar e ter filhos. Para ele é o “projeto” mais desejado, um projeto de vida. Da sua vida.

[Esse foi um perfil que fiz para o meu ex-chefe. Obrigada por tudo, Cláudio]


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